Esta foi a primeira inauguração do novo governo e, mais importante, na área da Atenção Primária à Saúde. “[A inauguração] foi feita com recursos nossos e simbolicamente representa a prioridade que este governo, em seu conjunto, dará à Saúde e a prioridade que a gestão da saúde dará à atenção primária e ao tema do acesso com qualidade a absolutamente todos os cidadãos” afirma Heider Aurélio Pinto, diretor do Departamento de Atenção Básica (DAB), da Secretaria de Atenção à Saúde/Ministério da Saúde (SAS/MS). As Clínicas de Saúde da Família trazem para a sua estrutura física um dos grandes diferenciais do modelo de atenção primária à saúde brasileiro: a proximidade com a comunidade. “Todas as Clínicas têm, como identidade visual, fotografias de moradores das comunidades. Isso é muito legal porque a comunidade vem pro atendimento e se sente acolhida, não só no tratamento pelas equipes, mas também pelo próprio local em si”, conta André Luís Andrade Justino, coordenador municipal de Policlínicas e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família.
Além da identidade visual, cada Clínica possui recepção (em que os agentes comunitários de saúde se revezam no atendimento), sala de repouso, sala de vacina, sala de curativo, Placar de Monitoramento de Famílias (exposto em frente à entrada da Unidade), sala para os ACS e salas temáticas (sala da mulher, sala da criança, entre outros). Na Clínica de Campo Grande, Davi Capistrano Filho, em virtude da distância entre hospitais e centros de apoio, há ainda sala de ultrassom e raio-x. “Alguns, mesmo com plano privado, querem ser atendidos pela Clínica” afirma Lídia Dantas Gravatai, agente comunitária de saúde recém contratada que diz que as expectativas “são as melhores possíveis”. “A promessa, finalmente, está acontecendo” diz Marco Antônio Machado, outro ACS.
“A estrutura nem se compara. Cada equipe tem um sonar para acompanhamento das gestantes. Em outros lugares, só com rodízio”, admira-se Vanessa Audi, médica de uma Equipe de Saúde da Família.
Indo ao encontro das novas diretrizes do Ministério da Saúde, a Clínica Davi Capistrano Filho é a primeira do município a apresentar espaço destinado especialmente aos agentes de combate a endemias, chamados por eles de agentes de vigilância à saúde. “Até o número de casas fechadas está caindo porque os ACS têm entrada livre na comunidade, o que facilita o nosso trabalho”, explicou Leandro Silva, supervisor dos agentes de vigilância em saúde da Clínica, ao referir-se ao acesso à comunidade adquirido pelo trabalho em conjunto com os agentes comunitários de saúde.
Além do Ministro Padilha, do novo Ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio Nóbrega, do Prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do diretor do DAB, Heider Aurélio Pinto, estavam presentes no evento membros do Senado e da Câmara, o Secretário Estadual de Saúde, Sérgio Luiz Côrtes e o Secretário Municipal de Saúde, Hans Dohmann.
“Isso é um momento de enorme orgulho porque é o símbolo dessa parceria [governo federal-estadual-municipal]”, disse o Prefeito, Eduardo Paes. Nesse mesmo sentido, o Ministro Padilha reiterou a fala do Prefeito: “É verdade que precisamos melhorar muito a saúde no país, mas é verdade também que é possível e o Rio está provando isso. Não foi à toa que escolhi vir para o Rio no meu primeiro evento fora de Brasília. Tenho a absoluta certeza de que o Rio de Janeiro pode cada vez mais sair das páginas com problemas em saúde para ocupar as páginas como solução em saúde”.
Diante da afirmação do Prefeito do Rio, de que todo fim de semana há uma nova Clínica de Saúde da Família inaugurada, o Ministro se comprometeu a apoiar a inauguração de mais 19 Clínicas de Saúde da Família “para garantir atenção primária à saúde a todos”.
Em seguida, todos se dirigiram à mesa de abertura do curso para formação de 1,2 mil novos agentes de Vigilância em Saúde. Os novos agentes participarão do curso por uma semana e se integrarão às equipes de Saúde da Família no combate à dengue na cidade.
Em entrevista coletiva para encerramento de sua visita, Padilha salientou mais uma vez a importância da APS no país: “[Precisamos] mostrar às pessoas que as Clínicas de Saúde da Família estão preparadas e abertas a todos”. Perguntado sobre sua gestão como novo Ministro da Saúde, disse: “Eu sempre fui uma pessoa muito aberta ao diálogo. Toda sugestão que seja de interesse do país eu vou avaliar com tranquilidade”.
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