Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e automedicação.

Fazem parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do qual constituem a função central e o foco principal, quanto do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. (Declaração de Alma-Ata)

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

II OFICINA SOBRE ACESSO NA APS - Florianópolis






Florianópolis, 8 e 9 de dezembro de 2011



CONSOLIDADO DE PROPOSTAS DA II OFICINA DE ACESSO


Este relatório é uma seleção das propostas aprovadas nos grupos e na plenária da II Oficina de   Acesso na APS e consideradas como inovações estratégicas. O relatório completo pode ser solicitado para jorgezepeda@pmf.sc.gov.br



Realizar o atendimento de pessoas de fora da área mediante classificação de
risco e encaminhar para acompanhamento nas suas unidades de referência
através de contato telefônico ou por escrito;

Registrar em separado cadastros provisórios e de turistas para justificar
aumento de ESF ou retaguarda temporária em unidades com muitos
atendimentos de turistas e trabalhadores;

Aumentar os pedidos de medicamentos das unidades conforme previsão de
aumento de atendimento no verão;

Divulgar os serviços de saúde do município, sua organização e as formas de
acesso através de cartazes, vídeos e outros materiais educativos;

Criar cartas de serviços / cardápios de ofertas a partir dos dados do
território/demanda, justificando a oferta de cada ação e serviço do CS;

Manter vagas para grupos prioritários / prioridades sem separação por faixa
etária ou doenças específicas, com prioridades definidas localmente;

Manter marcação direta na recepção para grupos prioritários apenas de acordo
com calendários municipais ou outras definições locais* e realizar escuta
qualificada da demanda excedente para evitar utilização excessiva;
* puericultura, pré-natal, definir calendários de referência para grupos como
hipertensos e idosos.

Restringir a inclusão de pessoas na agenda aos profissionais de saúde (não
pela recepção/administrativos), salvo critérios previamente definidos (ex,
calendário de puericultura);

Agendar retorno de pessoas em uso de medicamentos contínuos a partir do
vencimento da receita, pelo profissional da farmácia da unidade;

Anexar novo calendário de puericultura municipal no cartão da criança;

Elaborar e utilizar escores de classificação de risco ou outros critérios para
definir frequência de retornos ou visitas de pessoas com doenças crônicas;

Utilizar as reuniões de ESF e os sistemas de informação existentes para
gerenciar as pessoas que precisam de cuidado continuado, incluindo visitas,
atendimentos freqüentes, estratégias de busca ativa e discussão de planos
para situações complexas (ex, planilhas de acompanhamento compartilhadas
entre os computadores da unidade);

Avaliar informações epidemiológicas e de demanda atendida e reprimida
(relatórios de atendimentos mensais, pessoas que não conseguem consulta no
dia, pessoas da área que buscaram a UPA na última semana etc) para
gerenciar agendas inteligentes e utilizar estas informações para definir
estratégias de inclusão de pessoas/grupos na atenção;

Colaboração entre as ESF de um mesmo CS para cobertura / retaguarda no
atendimento à demanda, com responsabilidade da coordenação por definição
de escala conjunta do CS;

Agendamento misto (periódico + permanente): flexibilidade para prioridades,
freqüência semanal, aberto para grupos com calendário definido, avaliação da
ESF para demandas do acolhimento, encaixes e retornos;

Utilizar protocolos já existentes (SMS/MS) para educação permanente das
ESF, com ênfase no fortalecimento dos técnicos e enfermeiros para tomada de
decisão, resguardados os limites legais de cada profissão;

Integrar PICs na atenção para melhorar a capacidade dos técnicos

Discutir formas de lidar com o absenteísmo e acompanhar mudanças a partir
de reorganização da atenção;

Aproveitar reuniões de equipe para formação e capacitação: uma hora por
semana na reunião de ESF para troca de experiência entre as equipes, duas
horas por mês para reunir ESF do mesmo CS para educação permanente;

Garantir espaços de treinamento em serviço entre ESF e CS;

Capacitar pessoal de recepção e ACS em habilidades de comunicação através
de reuniões de distritos;

Construir fluxogramas de acesso às ações e serviços das unidades;

Sugestões para ampliação do acesso às ESB:

- Utilizar grupos divididos por faixas etárias como forma de acesso, com
agendamento livre para o grupo e agendamento de consultas nos grupos
conforme necessidade de tratamento;
- Realizar acolhimento diário com CD, ASB a ACS no primeiro horário de cada
período, com escuta qualificada e agendamento para tratamento completo;
- Manter ações de saúde coletiva da ESB nas escolas como forma de acesso e
vinculação;
- Ampliar participação das ESB em reuniões de área, discussão de casos,
interconsultas, visitas, grupos multiprofissionais;

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