Flavio A. de Andrade Goulart (Médico; Doutor
ENFOQUE TRADICIONAL
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ENFOQUE INOVADOR (APS)
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INTERVENÇÕES E INSTRUMENTOS
POSSÍVEIS
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Atenção
individual
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Atenção à
família e ao grupo social
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Prontuários
de família
Diagnósticos
comunitários de saúde
Capacitação
de cuidadores domiciliares, recrutados nas próprias famílias
Horários
especiais de trabalho (noturno, finais de semana)
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Medicalização da atenção
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Atenção multidisciplinar
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Gerência
global da Unidade, não mais por áreas profissionais
Estabelecimento
de protocolos de atendimento válidos para toda a equipe
Valorização
da consulta de enfermagem
Instalação
do acolhimento
Destinação
de local apropriado para trabalho dos ACS (quando em atividade na Unidade)
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Território e responsabilidades indefinidas
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Território definido, com adscrição de clientela e
responsabilização
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Definição clara da área de abrangência (sujeita a
mudanças e ampliações e reduções)
Cadastramento de toda a população pelo PACS
Trabalho intensivo com mapas, incluindo informação
concernente do público usuário
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Curativismo restrito
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Promoção da Saúde
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Inclusão de informações ampliadas (sociais,
ambientais etc.) nos prontuários de família
Capacitação das equipes com vistas à
interdisciplinaridade e ao conceito de Promoção da Saúde
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Predomínio da atenção à demanda e verticalização
de programas
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Equilíbrio entre demanda e programas, com
horizontalização da operação dos programas
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Estabelecimento
do acolhimento
Gestão e planejamento local dos programas
Clareza na demarcação entre atividades
programadas e mediante demanda espontânea
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Comunidade = clientela
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Comunidade = cidadãos portadores de direitos e
deveres
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Programas
de informação, educação e comunicação
Diversificação
dos instrumentos de controle social (ex. conselhos locais, disque-saúde,
boletins, caixa de sugestões, etc.)
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Cenário da atenção restrito às unidades do
sistema: ambulatório x hospital (hierarquia)
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Cenários múltiplos: lar, escolas, creches,
serviços e outros; trabalho em rede, com complementaridade x hierarquia
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Implementação
do PACS, com visitas domiciliares como atividade rotineira
Ampliação
dos espaços de atendimento e acompanhamento de pacientes: domicílios,
creches, escolas, Unidades de SF, unidades de referência e até mesmo hospital
Atendimento
e internação domiciliar
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Todos são iguais na saúde
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Prática da equidade, porém reconhecendo
necessidades diferentes e desiguais
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Identificação
de áreas e grupos de risco
Programação
por grupos de risco (ex. idosos, gestantes, desnutridos, hipertensos,
diabéticos)
Territorialização
e adscrição de clientela
Práticas
de visita domiciliar e acolhimento (voltadas para o reconhecimento e a
valorização das diferenças)
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Práticas restritas ao setor saúde
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Intersetorialidade
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Planejamento
participativo comunitário, com prioridades baseadas na realidade local
Autonomia
e incentivo local para contatos institucionais para trabalhos conjuntos
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Equipes tradicionais
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Equipes renovadas
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Incorporam-se
profissionais que não fazem parte do pacote normativo do PSF:
pediatras, ginecologistas, assistentes sociais e outros
Todos os
membros recebem treinamento técnico e com outros conteúdos
Possibilidade
de cumprimento da carga horária dos médicos também em outras unidades do
sistema de atenção primária (unidades de referência e eventualmente
hospitais)
Novos
praticantes: terapeutas de família, assistentes sociais, psicólogos –
voltados para o objeto família
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